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De onde vem o negrume que nos paralisa?
Esse lume ao avesso
que nos rouba as manhãs?
De onde vem o azedume que nos hipnotiza?
Esse mel ao avesso
que envenena as maçãs?
De onde vem o queixume que nos penaliza?
Esse canto ao avesso
que nos dá notas vãs?
De onde vem o ciúme que nos vulgariza?
Esse amor ao avesso
que nos torna satãs?
De onde vem esse lume que nos eterniza?
Um negrume ao avesso
que nos mostra amanhãs.
© Tony Saad
eloir guedes disse:
Exuberante concisão, primor de rimas internas, como se se fossem casuais. Um dia pensei investir na poesia, com esta desisto, então, faça o favor de trazer mais destas luminosidades, que vou me sentir recompensado por não ter este pique, obrigado até… lavar minh’alma com a próxima.
Tony Saad disse:
HAHAHAHAHA… Pois é, PH, fazer o quê?? Abraço!
Angelo Pessoa disse:
Poesia da melhor qualidade!
Tony Saad disse:
Obrigado, Angelo!
Paulo Moreira disse:
Isso é que dá beber sem os amigos… Poesia.