ALFABETIZAÇÃO
A tinta do silêncio escreve um rumor ambíguo nas entranhas do nada. Um alfabeto nasce nas ranhuras …
A tinta do silêncio escreve um rumor ambíguo nas entranhas do nada. Um alfabeto nasce nas ranhuras …
Vento e folhas: maestro e orquestra. © Cleber Pacheco
Sob as parreiras, aroma e zumbido. Uvas e abelhas entendem-se muito bem. © Cleber Pacheco
11 – No brejo, os sapos pensam que são rouxinóis. © Cleber Pacheco
10 – O bicho da goiaba acredita que é o dono do mundo. © Cleber Pacheco …
9 – Verme não voa. © Cleber Pacheco
8 – Quando os ratos invadem o paiol, o milho sobe à cabeça. © Cleber …
7 – E a peste assolou as bestas. Asnos zurrando, vacas loucas. Lá no alto, a águia prosseguia seu …
6 – Nas trevas, aranhas velhas à espreita. De tão caducas, vivem comendo mosca. © Cleber Pacheco
5 – Cinco jacarés de boca aberta esperando para morder. Cinco jacarés de boca aberta esperando para morder. …
4 – No chá das cinco dos tamanduás, todos se sentavam em cima do próprio …
3 – Milho novo, alvoroço das galinhas. © Cleber Pacheco
2 – Na convenção dos asnos, todos se gabavam da própria esperteza. © Cleber Pacheco
1 – Galinhas olhavam-se no espelho pensando que eram pavões. © Cleber Pacheco
Nuvens nômades filtram o mundo, destilando a essência das pedras, petrificando o ar, inventam outras estações nos ossos da …
Poções, xícaras e caldeirão podem ser encontro ou desencontro. Entre mão e mergulho, a folha transmuta o mago e …
Barcos pesqueiros lançam suas mortalhas sobre ondas radioativas. Enquanto isso, na praia, tartarugas marinhas regurgitam fósseis de plástico. Os últimos …
A exumação é refinada obra-prima. Lázaro bem o sabe. Árvore queimada não é lenha. Carvão pode ser …
Restos flutuando na água, – sementes, folhas ou gravetos – são sibilinas conchas enviando hieroglíficas criptografias aos leitores principiantes. Ler …