Sem título
quase deus, ela disse e atravessou a esquina de um sonho que a cidade revelaria – inóspito. …
quase deus, ela disse e atravessou a esquina de um sonho que a cidade revelaria – inóspito. …
ao rubens da cunha do que me habita, o homem que não fui é vestígio e escape. há …
assisto ao outro que não cabe em mim envelhecer impiedosamente recontando o tempo que não teremos me …
alinhado ao horizonte envelheço o poente frágil traço que me resta (somos dois, somos nada, somos muitos, …
o luto guarda você na ausência no adeus na morte veste você de medo de pesares de …
— por que a casa está vazia? por que a mamãe não veio nos dizer boa-noite? — …
a visão da primeira manhã às retinas de quem nasce diz errância mais que chão berço de …
teus dentes e lábios e pernas e unhas, lilases arregimentam o que escapa ao meu arco-íris tens íris que …
I é árido este chão mas hei de seguir meu pesar [resto-me entre meus mortos] II abraça-me …
I inventar-me aqui onde respiro você aferrolhando silêncio ao inverno antes que o tempo estanque limpando de mim toda …
livrai-me da leveza das coisas mortas deus. meus caminhos são amargos inconfessos chuvosos © Douglas da Cunha Dias
in memoriam à doce e frágil vó escapou um sorriso mudo era domingo a tarde findava e pude ver em …
I todo anjo é voraz carrega a amargura de ser incompreendido porque nem deus nem homem ou quimera faz …
a morte é lavoura terra revolta lugar infindo para onde não deveríamos retornar [eis quem anuncia dos anjos o medo …
memórias deveriam tombar o sol curvar a espinha do medo tornar a escrever o que habita toda felicidade …
pertenço a um ontem tragado por gritos exaustos assuntando o desassossego destas ruas desertas pavimentadas sobre o cadáver da minha …
I faço-me retorno por não saber partir desabitando memórias ao descobri-las dobraduras que não sobrevivem guardadas [esperança tardia. permanência do …