Origenesis
De onde vem o negrume que nos paralisa? Esse lume ao avesso que nos rouba as manhãs? …
De onde vem o negrume que nos paralisa? Esse lume ao avesso que nos rouba as manhãs? …
A tinta do silêncio escreve um rumor ambíguo nas entranhas do nada. Um alfabeto nasce nas ranhuras …
quase deus, ela disse e atravessou a esquina de um sonho que a cidade revelaria – inóspito. …
Quando o sol se põe as teorias fogem e nascem as almas. A noite nunca vem às claras. …
Vento e folhas: maestro e orquestra. © Cleber Pacheco
o lugar dos poetas preocupa-me como, a outros, a inevitabilidade da fome. acordei de madrugada angustiado com a bruta finalidade …
Onde estão meus confins? Por quem abres teus poros? (dois destinos sem volta a sonhar seus porões) Que …
Sob as parreiras, aroma e zumbido. Uvas e abelhas entendem-se muito bem. © Cleber Pacheco
ao rubens da cunha do que me habita, o homem que não fui é vestígio e escape. há …
A mim, me falta a audácia dos canalhas e a consciência do operário sem futuro me falta …
Na escuridão dos escombros Uma mulher aflita Chora, ora e grita Um inesperado socorro. Sentada sobre o …
assisto ao outro que não cabe em mim envelhecer impiedosamente recontando o tempo que não teremos me …
alinhado ao horizonte envelheço o poente frágil traço que me resta (somos dois, somos nada, somos muitos, …
Lentamente E com cuidado, Tudo se desfaz. Nota a nota A canção expira. Letra por letra Esvazia-se a …
Tua mão cigana me viaja e eu, meninamente, te passeio. Percorres minhas terras veia a veia, te exploro …
Não existe o ar que me aperta a garganta nas manhãs de inverno, não existem esses dedos de …
inverno nos poros. o dia goteja na pele a sina das horas. © Fábio …
Teu olhar é uma declaração de amor! Quero beijar teus olhos. Beber a luz dos teus olhos, Esse …
o neon na pele liquefaz o corpo todo. sombras no asfalto. © Fábio …
Que viva em mim Esse obscuro amor! Por mais claro Que me pareça, Nunca me ocorra, Mesmo por …